Eliane F.C.Lima
Era a vida,
seu movimento:
a juventude, o sonho, a festa.
Caleidoscopio colorido,
tudo mudança.
E veio a foto,
caras muitas, sorrisos sentados,
braços e ombros, entrelaços,
alegria presa do papel.
A vida, fugaz, foi.
Velhice,
mortos quatro,
um olha a foto:
de quem são os sorrisos,
de quem a juventude,
onde a festa,
que é do sonho?
A alegria, fugaz, fugiu.
3 comentários:
E o olhar desbota tal qual a foto no porta-retrato, - contentamento espremido entre a madeira e o vidro...
Belo poema, mestra.
Bjs e inté!
Este realismo poético rasga-nos a alma tantas vezes! Diante de um retrato, o futuro fere.
Belo momento poético, querida Eliane!
Beijos,
Marise
Poesia que amadurece, desfaz imagens, mas mantém o vigor das palavras ... Abçs.
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