(Homenagem ao engenho musical de Michel F.M.)
Um anjo canta,
som masculino,
seu doce mantra.
Ainda menino,
claves de sol,
semicolcheias,
são suas teias.
Com passo leve
– a vida é breve –,
não toca harpa,
não toca sino,
só seu destino.
Dedilha cordas,
retira a farpa
que fere o ouvido
de nossa vida.
De tão menino,
de tão canoro,
me afaga o ombro,
me embala o sono,
divina lida.
(Escrevi este poema, surpresa com o talento criativo e a voz jovial de Michel F.M., um de meus seguidores, em seu blogue ÁSPERA SEDA (convido-o a visitá-lo aqui). Sempre me deixa crente no futuro o encontro da juventude com a poesia.