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terça-feira, 16 de março de 2010

Um poema mais para o amor do que para o patriótico

Eliane F.C.Lima

Era uma vez um rio amarelo,
que se dividia em mil cachoeirinhas.
Às vezes, radical, pulava, em todos os tons do amarelo.
Às vezes, ainda, misturavam-se todos esses dons.
E corria loucamente, meio infernal!

Era uma vez outro rio,
que seguia manso,
e se espelhava em todos os tons do azul,
mas nunca um azul berrante,
sempre azul doce...
E corria sensatamente, meio invernal.

E, numa curva, os dois rios se encontravam:
e, era um pular amarelo-azul.
E corriam ora infernais, ora invernais.
E não se dividiam mais, num só tom, caudalosamente verde.


4 comentários:

Márcia Vilarinho disse...

Sua fã "de carteirinha". Sucesso sempre. Alegria todos os dias e poesias no inteiro dos dias. Mansos os rios seguem iguais. Beijos. Márcia Vilarinho

ju rigoni disse...

Palavras, cores, reflexão, criatividade... Paleta de poeta. Genial!

Bjs e inté!

Marise Ribeiro disse...

Uma aquarela de criatividade! Adorei o poema! Beijos, Marise

Sonia Pallone disse...

Poesia que me obriga a uma reverência respeitosa de admiração e carinho. Bjs querida