Posto aqui um poema que fiz ouvindo "Bound for infinity", Cd Prologue, do grupo Renaissance. Convido a quem queira ler o poema, a ouvir junto a canção, clicando no vídeo abaixo, para refazer o processo de criação. Agradeço e remeto ao YOUTUBE, de onde copiei a execução (clique aqui).
Ao som de “Bound for infinity”
Eliane F.C.Lima
(Ler, devagar, do início da voz feminina)
Abrem-se as águas do verde
e os vários verdes vão-se misturando.
Abrem-se as almas do verde.
E as várias almas vão-se misturando.
O caminho é longo.
Há um túnel em espiral horizontal
e as águas vão-se abrindo, girantes.
Penetro e penetro e penetro.
Misturam-se as águas do verde.
E as almas vão-se espiralando.
E nadando e voando nesse céu de águas.
E o túnel é contínuo.
Penetro na garganta do mar,
que me engole,
a girar no compasso do som.
(Pausar. Reiniciar apenas no refrão, lendo mais rapidamente)
E o verde é o somente,
o sempre desejável verde,
no vazio e no cheio da instável alma do mar.
O contínuo de ir me leva à paz,
que tem o gosto do odor do verde.
Paraíso liquefeito,
me acaricia por inteiro.
O amor é verde,
o carinho é verde,
verde tom, verde tontura, verde bom,
verde boca, verdes olhos, verdes pernas
que vão.
Túnel contínuo e longo,
que não acaba, mas cabe
no verde da invasão.
(Seguir a beleza da voz feminina até o final).