Navega no espaço, solta e silenciosa,
como um seio-esfera,
como totalidade,
a mãe.
Fechada sobre si,
fechada sobre mim,
abraça a cria: mãe.
Abre seu ventre
e me dá ao universo,
no meio da noite.
Olhos de água,
corpo de terra,
hálito de vento,
mãos de árvores que me acenam,
na tempestade.
Amamenta-me com seus rios, cascatas, sua chuva.
Deusa-Terra, mãe Gaia,
que me guarda,
que me receberá
novamente e para sempre,
filha de sua mãe,
em seu rotundo ventre.
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