Desejo a todas (os) a felicidade completa nas reuniões familiares que comemoram as festas de Natal e Ano Novo. Mas, principalmente, desejo que 2012 seja o ano da paz para todas (os) nós. Eliane F.C.Lima
Eliane F.C.Lima (Registrado no Escritório de Direitos Autorais)
Jardineiro natural desfolha, pétala a pétala, as rosas, amarelidão, almas, assim, perfumadas, fim de seu ciclo botão. Almas e cor, desdobradas, amarelo roseiral, do corpo verde de planta, renego de ar de santa, para o bem ou para o mal, seus espinhos, seu punhal.
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Eliane F.C.Lima (Registrado no Escritório de Direitos Autorais - RJ) Pobre do mar a esperar o rio. Pobre do rio a correr para o mar. Esperança de um, destino de outro? Querer-se-iam esse amor? Ironia de um – que sofre – o nome “rio”? Negação de outro, carente de um prefixo: “a-mar”?
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Eliane F.C.Lima (Registrado no Escritório de Direitos Autorais - RJ)
De repente, o mundo some, há voragem, há vertigem, rodamoinho, ruína, abismo e vendaval, o caos, o nada, sem nome. Da direita à esquerda, vai-se do sul ao norte. É a vida temporal. Sob a marquise do medo, numa oração para a sorte, pede-se a última gota, a derradeira lufada, se quer a saída rara. De repente, a vida para.
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Depois que eu morrer vou andar pelas margens de um rio, vagarosíssimo, quase lago, esverdeado do mato em volta, enormes árvores, com trepadeiras torcidas, que pendem até o chão. Vou sentar ali, meio frio, uma névoa presa em tudo, e adivinhar gotas, movimento imperceptível, que pulam das folhas, fim da noite, orvalho da madrugada, um círculo no círculo maior e outro maior e outro... Olhar agudamente, que uma morta não tem pressa. Ver uma folha seca, que navega, tranquilamente, nesse rio, vagarosíssimo. Se desejar, descer o rio sentada na folha, que uma morta não tem peso. E ver outros lagos, que a correnteza encontra. Pouca luz do sol, teimosia do céu, que as árvores, imensas e abraçadas, filtram, mesquinhamente: uma cortina, tênue e esgarçada, quer macular o rio, acompanhada de uma flauta de anjo, se anjo e flauta houver. Mas, no verde e na paz, só silêncio, que uma morta não precisa de som.
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Urgência: busco uma utopia. Quem me empresta uma utopia? Um colo de esperança, um ninho de certeza, aposta no futuro. No céu, entre as nuvens, não paira uma utopia. No altar, não há uma utopia, quero acender minha vela. À noite, de joelhos, faço uma prece vazia, pois não há mais utopia.
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O medo não vem da mão levantada, bofetada em punho. O medo não vem dos olhos raivosos, que partem o corpo ao meio, raio coriscante. O medo não vem dos dentes rilhados, que encostam os cães contra a parede. O medo não vem da sombra negra, silhueta de punhal à mão. O medo vem das mãos cruzadas, dos olhos baixos, do silêncio covarde, envergonhado.
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Eliane F.C.Lima (Registrado no Escritório de Direitos Autorais - RJ)
Magra menina, aquela. Magra vida, mancha de sonho, aquarela. Olho triste, feia menina revela. Um azul todo borrado, sonho de menina, tela. Tanto medo, hoje rima, ela.
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Há uma carta. Não diz nada, coleção de palavras. Quem lia era meu coração, escritor, poeta, iludido. Ele lia “amor”, onde havia “panela”, “paixão”, onde “sapato”, “eterno”, onde “saída".
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Eliane F.C.Lima (registrado no Escritório de Direitos Autorais)
Tal qual os gatos, no frio, sento-me ao sol. O quente vem chegando, manda o frio embora, manda a ânsia embora, embora a hesitação. O quente traz as certezas, a paz amornando a pele. A sapiência é um gato.
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Sentado estava Deus, e absorto – que Deus também tem dúvida e anseio. E chega-lhe, de manso, em pleno horto, um magro homem e senta ali no meio.
De imediato o deus o reconhece, é Saramago, dele não se esquece. O homem, mesmo vendo, não acredita e se exaltar, à toa, ainda evita.
Mas o outro – a espera não foi vã –, mesmo Deus, o coração aos pulos, sorri de si, e mais dos homens fulos que, no lodo, cospem ira anã.
Mostra as guirlandas postas pelos cestos, a festa preparada ao José, declama, decorados, os seus textos, demonstra com clareza sua fé.
Diz-lhe que agradece a cada dia a negação daquele deus cruento, do que foi só malévolo invento, daquilo que – por Deus! – não existia.
Negando as hipócritas mentiras, o uso da falácia e do poder, falsa verdade que sempre o traíra, Saramago o estava a defender.
Manso poeta, o abraço às costas, vê ao redor de si um outro homem, e, sem se importar por quem o tomem, envolve-lhe, cálido, as mãos postas. (03-07-2010)
Eliane F.C.Lima (Registrado no Escritório de Direitos Autorais)
À tarde, leite fervente com canela, bolo de milho ainda morno. E o mundo é bom, as pessoas, fraternas e generosas, a felicidade, eterna. (Aguardo você em Literatura em vida 2 e Conto-gotas.)
(Continuo remetendo para o Longitudes, de Nydia Bonetti, poeta que postei em Literatura em vida 2. É maravilhar-se.)
Eliane F.C.Lima (Registrado no Escritório de Direitos Autorais)
Móveis antigos não falam. Quem fala sou eu, ouvindo-lhes a voz secreta, um murmúrio contínuo, de muitos, do passado. Lembram de tudo e não contam. Conto eu, minha voz secreta, meu murmúrio contínuo, do presente.
Eliane F.C.Lima (Registrado no Escritório de Direitos Autorais)
Poema dedicado à minha mãe, um pouco antes de sua morte.
Hoje preciso de mãe mais do que nunca, me enrolar em seus braços e tremer de medo. Porque tenho medo mais do que nunca, eu que nunca temi coisa nenhuma. A maior solidão é a de não ter colo de mãe, refúgio inexpugnável. Naquele rosto frágil e delirante reconheço tudo: a demência, o pavor, o escuro da insensatez. De quem é esse rosto, minha mãe? Não o seu, não o seu. Onde o refúgio, onde o colo, onde o seu olhar nesses olhos enlouquecidos, nessa face envelhecida e tristonha, nessa respiração arquejante, nessas palavras vacilantes e sem nexo? Onde a mãe? Mãe é forte, é consolo, é abrigo. Hoje sou eu que preciso ser forte e onde a força? Hoje sou eu que devo proteger e onde o colo, eu que choro fraca e amedrontada, recém-nascida sem alívio [de seio? Ser sua mãe? Em mim só cabe a pequenez de filha.
Eliane F.C.Lima (Registrado no Escritório de Direitos Autorais)
A solidão envolve o ser humano e o ser se vê preso pela corrente do sozinho. A multidão congela o ser em uma ilha. Barcos vão e vêm. Mas uma ilha olha outra ilha, de longe e só.
A solidão é uma galáxia de estrelas. E estrelas piscam suas luzes individuais. Mandam mensagens, querem conversa, mas ninguém responde... E uma estrela olha outra estrela, de longe... e só.
Devido à preparação de mudança para o Rio de Janeiro - de volta a meu paraíso! -, durante, pelo menos, este mês, não haverá postagens novas. Agradeço a quem quiser visitar os poemas já editados.Mas, abaixo, uma quadrinha fevereira.
O retorno
Nascida em fevereiro, sou peixe de água doce. Ainda não o fosse, sou o Rio de Janeiro. (06-02-2011)
Eliane F.C.Lima (Registrado no Escritório de Direitos Autorais)
Mesa de pés de ferro, o tempo, já azinhavre, o tampo, vidro pesado, os anos, já mais de cem. Veio de avós de avós, juntando história e matéria. Pura ilusão, penso eu: lembranças, sonhos, feitiços, tudo volátil e enganoso, tudo morto e enterrado. Calam-se a mesa, seus pés e o transparente tampo. A matéria, sobrevida, mas a história já mudou, lembranças, sonhos, feitiços, tudo, há muito, se calou. Sobre o vidro, meu papel, minha caneta e memória. Minha poesia vive, tal qual estes pés de ferro, minhas avós desenterro, comigo, um século vem. (Registrado no Escritório de Direitos Autorais - EDA - RJ)
Convido o visitante deste blogue a ir aConto-gotas(por aqui), onde há um novo conto meu e a Literatura em vida 2(o caminho éesse).
Eu andava cheirando o chão onde passavas, como os cachorros. Como mudou assim? Junto as coisas que deixaste, na fuga, e faço xixi em cima. (Registrado no Escritório de Direitos Autorais - RJ)
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Estou ainda em: 1. Debates Culturais, onde passo, agora a publicar alguns artigos, bastando um clique, na lista "Colunistas", à direita, emEliane Lima(link). 2.Recanto das Letras (aqui). 3. Portal Literal (aqui). 4.Alma de Poeta (aqui).
Não sei o que se passa, de repente, que ando procurando alguém ausente, que ando procurando um sentimento, pisando com esse passo vago e lento.
Um dia havia amor, isso havia, sorri diversas vezes, algum dia. A taça borbulhante em meu peito, era esperança, fosse de que jeito.
Hei de encontrar atrás de alguma porta, a esperança ainda não está morta, ouço-lhe, ainda, forte a chamada.
Há uma senha, chave encantada: quero abrir, com força, a porta certa, hei de mantê-la, para sempre, aberta. (Registrado no Escritório de Direitos Autorais - RJ)
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Seja bem-vinda(o) a meu blog! Mas não esqueça: os textos aqui postados têm autoria e são registrados no Escritório de Direitos Autorais (EDA - RJ). Você pode copiar e divulgar, desde que utilize o nome Eliane F.C.Lima junto e cite este blogue como fonte.
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Minha vida sempre foi dedicada à literatura. Sou professora e ministrei minhas aulas até me aposentar. Mas continuo dando aulas, nessa área, a cada conversa. Mania da profissão.
Sou doutora em Literatura Brasileira pela UFRJ e faço pesquisas no NIELM/UFRJ, ainda na linha de pesquisa a que me dediquei e que pretendo privilegiar em meu blogue: autoria de mulher. É urgente modificar o cânone, feito por e para homens.
Mas a literatura não foi escolha, foi destino. Desde cedo comecei a fazer poesia e ficção. Como se vê, viver a literatura é para mim o mesmo que viver. O desejo de ter a literatura em vida é mais do que um título de um de meus blogues. É uma confissão.
Sou carioca, meados do século XX, desse Rio de Janeiro adorado por seus filhos e que devolve a emoção, sempre, em beleza.