Vejo-me na roseira:
tenta olharpor sobre o muro;
quer ver, aflita,
você chegar.
Em verde esforço,
crescendo em tronco,
espinho e folhas,
sorvendo o sol,
sugando a terra,
bebendo a chuva,
vai para o alto,
o duro muro.
Em firme posto,
mirar a rua,
o seu caminho,
seu doce passo,
seu doce rosto,
seu acenar.
Enquanto sobe,
saudosa chora,
rosas lilases,
que, contumazes,
vão perfumar.
Triste sou eu:
não sei chorar.
Um comentário:
Querida Eliane,
Cada poema editado neste recanto mereceria aplausos, um abraço de admiração ou até uma carícia escrita na alma de cada um, mas deixo no Para Quem Vai Chegar todo o meu encanto pelo que li nesta nova atualização. Estou sentindo falta do Procurando Alguém, também lindo poema que gostaria de ver aqui.
Grande beijo,
Marise
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