Eliane F.C.Lima
É retomar o fio perdido da alma
e enovelá-la, aos poucos, caprichosamente,
até torná-la macia, acariciável.
É saber de onde se começa e para onde se vai
e, em círculos,
voltar sempre ao mesmo lugar.
É estar fora, firme e no caminho.
É estar dentro, quente, amorável,
envolver, sendo envolvida.
Como abraçar a mim mesma,
devolver-me o calor de meus braços,
novelo e mãos, mãos e novelo.
É como um cão enrodilhado,
sonhando felicidades pequeninas,
quase sorrindo,
de alma apaziguada, sem conflitos,
nem tentativas,
a não ser a de dormir aquecido sobre si.
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