Eliane F.C.Lima
Narcisa se debruça sobre o lago,
espelho verde, vítreo e cristalino.
Tudo é paz, e no silêncio de abandono,
umas folhas soltas, rumo vago,
umas sombras frias e sem tino,
por cima, uma flor boia sem dono.
Sorridente, ela já precisa
recolher negros cabelos com as mãos.
Mas surgem logo, de ouro, outros cabelos,
outros olhos como os seus tão sãos.
Se tão surpresa, vê, então, Narcisa,
louras madeixas que ela também quer,
dois rostos vivos n’água transparente,
aberto outro sorriso de mulher,
incontrolável, se apaixona de repente.
4 comentários:
El amor a si mismo, a algunos les sobra, a otros les falta, difícil encontrar el término medio justo de cuanto debemos amarnos a nosotros mismos, para no caer en el narcisismo, o para lograr la autoestima necesaria que nos proteja de ser avasallados por otros seres.
Querida Eliane, excelente tema, hermoso planteamiento poético.
Cariños de Fran.
Eliane, seu poema é muito envolvente. Vai muito fundo... Vou enviar-lhe umas cositas por e-mail.
Bjs e inté!
Gostei muito da duplicidade de sentido do poema.
Beijos, Marise
muito bom poema
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