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sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Obesidade celeste

Eliane F.C.Lima (Registrado no Escritório de Direitos Autorais - RJ)

Tenho é inveja das nuvens,
que lá ficam,
brancas e rotundas,
quando querem,
rotundas e cinzas,
se apraz.
Tenho inveja é das nuvens,
líquidas,
que descem
e se apossam de tudo,
cada desvão.
Saciadas do rés,
poças trêmulas,
de telhados,
calhas ligeiras,
gotas pacientes,
reúnem suas partes,
em milhões,
água de dentro da rosa,
água de pé do passante,
seus rios,
sua urbanidade,
e sobem, limpas,
amigas do sol,
sua pureza imaculada,
branco novamente seu acolchoado.

4 comentários:

carlos saraiva disse...

verão/obesidade celeste/ao rés do chão

Renato Baptista disse...

Oi Eliane...

Degustando a sua poesia que é sempre um acontecimento.
Muito bom ler seus versos amiga.

Abraços*

Renato Baptista

PoemasdeFran.blogspot.com disse...

SANA ENVIDIA A LA LIBERTAD DE LAS NUBES CAPRICHOSAS QUE ADQUIEREN MIL FORMAS DIFERENTES, Y DE LOS RÍOS QUE CORREN LIBRES. HERMOSO ELIANE.
CARIÑOS DE FRANCISCA.

Magias disse...

Adorei! Apetece ser nuvem...