Eliane F.C.Lima
Neste momento há paz.
Pode ser o mormaço
ou as roupas no varal,
sobre fios do passado.
Têm cheiro de sabão,
sem requinte de perfume.
Só mansidão e sinceridade,
tremulam sua certeza.
Pode ser o vento,
franjando folhas compridas:
balançam tais verdes vizinhos,
inconscientes bananas futuras.
Podem ser os pardais,
resguardados de gaiolas,
seu plebeísmo, liberdade garantida.
Trilam e se perseguem,
voo de alegria, rotina própria,
valor do apenas pássaro,
flor castanha que atravessa.
Este momento é a tarde,
nuvens de quadros no céu,
vagamente vagabundas.
Nada, agora, é muito ou pouco.
O simples sempre é a paz.
4 comentários:
"Podem ser os pardais,
resguardados de gaiolas,
seu plebeísmo, liberdade garantida.
Trilam e se perseguem,
voo de alegria, rotina própria,
valor do apenas pássaro,
flor castanha que atravessa."
Que seta! Lindo!
Bjs e inté!
Vim pra te conhecer e me encantar. Seu espaço tem poesia da melhor qualidade, saio aplaudindo e deixo aqui, o mesmo carinho que você deixou lá, no meu Solidão de Alma. Te sigo a partir de agora. Beijos.
Eliane F.C.Lima , bom dia estimada Poetisa, por um acaso vim conhecer sua pessoa sua boa poesia, e realmente estou encantada com sua obra literaria. Rendo-me a sua poesia, onde recebi uma sobre 8 de Março, dia Internacional da Mulher, e repassei ela com honras e glorias, meus cumprimentos.
Estou enviando um e-mail a sua pessoa, que peço para ler,
Efigênia Coutinho
Essa paz interior que encontra ecos na natureza exterior ... como sua Narcisa... Diante de si mesma e do mundo a poesia se espelha em suas palavras...
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