Eliane F.C.Lima
Havia orgulho em mim.
De mim.
Hoje sou só uma lembrança do passado.
Como as velhas avós.
Entrei para o álbum de fotografias,
daqueles que partiram
e não são lembrados,
nem com saudade.
São caras estranhas.
Os antigos, guardiães das memórias,
contam histórias sobre eles.
A que os novos não prestam atenção.
Embora ainda caminhe por aqui,
e viva por aqui,
meu rosto, já esfumaçando,
amarelece entre os defuntos retratos.
2 comentários:
Ma garanto que os olhos brilham por tudo o que à vida é correlato. Poeta não morre porque transforma a morte em poesia e a poesia é a mais genuína, assim o vejo, expressão da alma, verdade viva. Bjs. Amo os seus escritos.
Melhor ser um "rosto esfumaçado entre defuntos retratos" do que ser o defunto do retrato. rsrs "Os novos não prestam atenção" porque morreram e não sabem!rsrs
Bjs, amiga, e inté!
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