Eliane F.C.Lima
Tenho uma alma penada,
que mora dentro de mim.
Anda arrastando correntes,
caminha por quartos ermos,
enormes salas vazias,
lençóis brancos sobre móveis,
escadas em caracol,
levando a lugar nenhum.
De lá se desce voando,
levitando feito espuma.
No sótão há coisas velhas,
porão?, só há coisas mortas,
ratos e teias de aranhas,
que velam pelo silêncio,
se escondem,
se há gemido:
o desespero da alma,
fechando e abrindo portas.
3 comentários:
Boa noite Eliane. Agradeço as suas palavras e a visita. Não precisava escrever tanta coisa bnita e certa. Talvez.
Bastava um olá. Todo o seu tempo livre deve ser dedicado a estar aqui, ou no outro, ou mesmo no outro, pois penso que as suas palavras trazem de volta a inocência, a inquietude, a paz, o sossego, o remanso. Sensações boas. Pequenas «estórias».
Aquele abraço.
Beijo.
Seu poema levita entre memórias...o desespero da alma , eu diria, abre as portas da poesia e fecha a nós, leitores, nesses arabesco de saudade e melancolia que nos invade.Adorei.
Uma alma penada na casa interior... Quantas portas para abrir e fechar... Ainda bem que deu ao papel a pena. Gostei demais das imagens e do ritmo.
Bjs e inté!
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