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domingo, 8 de agosto de 2010

Cor, cordis

Eliane F.C.Lima

Não guarde o coração na gaveta para deixar que ele bata mais tarde, quando você não tiver mais nada de importante para fazer;

não guarde o coração no bolso e o deixe esquecido lá, para só encontrá-lo, surpresa, quando vestir aquela velha calça incômoda;

não esqueça o coração em cima do armário que você só alcança, quando pega a pesada e insuportável escada de armar;

não perca o coração no meio dos livros que você deixou para ler não sei quando;

nenhum esforço vale o descompassado e sudorífero bater do coração vexado, surpreendido, flagrado, tartamudo, boquiaberto, trêmulo de amor.

Confira, também, meus blogues Conto-gotas (vá por aqui) e Literatura em vida 2 (o caminho é este).

7 comentários:

Carmem Elias e De Magela disse...

Amargurado coração..melhor guardá-lo no peito para que se aqueça com o calor do corpo e reaprenda sempre a amar...acho que a sina do coração é a permanente necessidade dessa reaprendizagem...
Intenso seu texto...

Sonia Pallone disse...

Que lindo Eliane! Amei seu poema, meu CORAÇÃO sentiu e agradeceu. Bjs.

ju rigoni disse...

Pois olhe, neste momento preciso concordar... "Nenhum esforço vale..."

Poema necessário. Bjs, amiga, e inté!

Márcia Vilarinho disse...

E felizes todos os corações...com essa sua reflexão tão bem posta. Bjs.

Elaine Barnes disse...

Olá! Vim aqui através da Graça Lacerda. Adorei o que li,nem sei onde anda meu coração,vou refletir.
Adorei! Montão de bjs e abraços

Luciene disse...

Tanto esse blog quanto o outro são muito bons. Gostei demais! Excelente trabalho!

Abraços.

Maria José Mamede disse...

Maria José Mamede disse:

Lendo seu belíssimo poema, não poderia esquecer o quanto meu coração bateu trêmulo de amor. Hoje, ainda bate, devagarinho com saudades...

Anraços fraternos.